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Na vida, tudo passa. Apenas nossas raízes permanecem

Na vida, tudo passa. Apenas nossas raízes permanecem

Independente de credo religioso, inicio este texto te fazendo uma pergunta: o que te mantém vivo?

Não é vivo por estar respirando. É o que te coloca de pé todos os dias, ainda que se encontre passando por momentos de adversidades, aliás, o que é natural do ser humano, passar por momentos desafiadores. E não! Não que estejamos aqui para sofrimentos, dificuldades e dores.

Sinceramente, não acredito que tenhamos que abraçar qualquer cruz para podermos desfrutar de bonanças.

Independentemente de sua crença, Deus, Jeová, Universo, ou, em você. Não importa! Essa Força está dentro de você, está dentro de mim, está dentro de todos nós. Essa Força é o que nos mantém vivos, ainda que tudo nos pareça sem saída ou sem solução.

E por que, então, passamos por desafios que nos parecem maiores que nossas possibilidades e nos sentimos tão desanimados, ao ponto de acharmos que sucumbiremos? Alguns, nos falarão que por nossas escolhas “erradas”, outros pela falta de Deus em nossas vidas. Será mesmo?!

Deus nos abandona? 

Ao nos encontrarmos passando por desafios, são estes, por escolhas equivocadas ou, por abandono?

Somos, sim, responsáveis por nossos atos, por nossas faltas, por nossos excessos. Ah, mas aí este texto está muito contraditório! Se somos responsáveis por nossos atos, então, sim, passamos por adversidades por nossas escolhas erradas?

Aí, eu deixo outra reflexão: nossas escolhas foram, realmente, erradas?

Já pensou na possibilidade de que possam ter sido necessárias para que pudéssemos reavaliar rotas, adquirir aprendizados importantes para nossa caminhada de vida? Quem nos garante que foram, de fato, erradas?

Agora, vale ressaltar que, muito depende de onde estamos depositando a nossa Fé. Em certos momentos, a depositamos em coisas e situações tão transitórias. Na ânsia de que, para estarmos felizes, precisamos conquistar o carro, a casa, o emprego dos sonhos. E justamente aí, cometemos o grande equívoco da vida.

Não que seja errado querer realizar todas essas conquistas. Ao contrário, merecemos, sim. Desde que tenhamos os dois pés fincados no chão, de forma que não nos afastemos de nossas raízes e muito menos, tomemos estradas de areia movediça, que aos poucos nos engole, sem que percebamos.

Como assim, se afastar das raízes? 

Nossos pais, familiares próximos, devido às suas próprias inseguranças, nos forçaram ao afastamento, a fim de que, não interferissem nas buscas e conquistas que nos propomos.

E quando conseguimos… Quando conseguimos!

O vazio, por mais que estejamos rodeados, ou não, de pessoas que nada tem a ver com nossas raízes. Aquelas das quais rompemos além do cordão umbilical, o vazio se instala em nosso peito sem que tenhamos a consciência do que poderia ser a causa.

Sem tomarmos consciência do real motivo, traçamos caminhos, eventualmente distorcidos.

E estes, nos abrem portas para transtornos mentais, muitos, irreversíveis. Por conta do abandono que lá atrás demos aos nossos e a nós mesmos. E, que por orgulho, não permitimos a cura através do perdão.

Fomos gerados no ventre de nossas mães, porém, ao ser cortado nosso cordão umbilical, simbolicamente, ou não, seria a vida nos dizendo: É, meu querido, minha querida, daqui para frente é com você. Mas, nunca esqueça, de onde você veio. A sua raiz é aqui.

Portanto, “acertando ou errando”, que possamos vislumbrar todos os nossos aprendizados, com olhos de curiosidade, de quem se descobre, e assim, celebrarmos a nossa condição humana com a única certeza de que tudo nessa vida é passageiro.

Tudo passa! Sejam bons ou ruins, tudo passa!
Na vida, tudo passa. Apenas nossas raízes permanecem
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