03 DE MAIO DE 2016


Imagine receber um alerta da sua geladeira de que o requeijão está acabando, ou que há apenas mais uma caixa de leite – o suficiente para mais um café da manhã. E se essa mensagem for enviada para seu celular, a alguns minutos do fim do expediente, e o dispositivo incluir ao seu caminho de volta traçado pelo GPS uma loja de conveniência só para que você possa se abastecer com os itens que faltam? Um aparelho “conversando” diretamente com o outro, apenas…

O que parece cena de filme de ficção científica já não está tão longe assim da nossa realidade, graças à criação da rede de objetos chamada Internet das Coisas, ou IoT (abreviação do inglês Internet of Things). Bom, mas como isso funciona na prática?

Antes de entender o papel e o funcionamento da IoT, é preciso dar alguns passos atrás na história. A internet surgiu no início dos anos 70, a partir da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), uma rede experimental financiada pelos militares dos EUA, que interligava universidades e centros de pesquisa. Conectava computadores de grande e médio portes, permitindo que pesquisadores compartilhassem capacidade de seus equipamentos.

Com o passar do tempo, mais redes foram se interligando, até que chegamos à grande rede mundial que temos hoje, a World Wide Web, termo abreviado nos "www" das URLS. Atualmente, em sua segunda fase, é muito mais do que uma rede para interligar grandes equipamentos: trata-se de uma eficaz ferramenta para conectar pessoas e comunidades.

A IoT é a terceira onda da internet e protagonista na chamada “computação ubíqua”, expressão criada pelo cientista Mark Weiser para descrever a presença da informática em todas as ações diárias das pessoas. Em outras palavras, a tecnologia passa a estar tão integrada às nossas vidas, que nem a percebemos no dia a dia.

E seus benefícios vão muito além das paredes das nossas casas. O IoT trará vantagens a toda a sociedade. A inteligência aplicada ao sistema de transporte, por exemplo, poderá contribuir para o reparo preventivo dos veículos, salvando vidas. No caso da saúde, pacientes terão a oportunidade de enviar informações importantes aos seus médicos, em tempo real, em caso de algum problema, apenas utilizando um monitor no pulso, um wearable. Até mesmo o consumo de recursos naturais será otimizado: uma rede que integra sensores meteorológicos, sistema de irrigação e informações hídricas garantirá uma lavoura muito mais produtiva e eficiente, contribuindo com a produção de alimentos. As possibilidades são inúmeras.

Parece mesmo que não há mais nada a ser inventado e que o futuro já entrou em nossas casas e está com o controle remoto nas mãos. Mas ainda há muito mais por vir. Se pensarmos no exemplo do início desse texto, logo chegaremos ao dia em que a geladeira não mais te avisará da falta do requeijão e do leite, mas fará sozinha a compra, o agendamento da entrega e o recebimento dos produtos. Enfim, o futuro está apenas começando.
Internet das Coisas
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